Não é um blog sobre cachorros e bikinis

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Preciso Falar Sobre Nezuko

Demon Slayer é um queridinho dos naruteiros desde 2019. Caso você não seja naruteiro/naruteira ou já tenha sido e não exerça mais a profissão, eu vou dar um contexto.

Demon Slayer é a história desse boy aqui:

Que teve sua família brutalmente assassinada por um monstro comedor de carne e bebedor de sangue. Dá pra traduzir como demônio, mas os onis (monstros comedores de carne e bebedores de sangue) não são bem o que a gente conhece e entende como demônio, na prática eles funcionam mais como vampiros dentro da série. Inclusive eles também não podem sair no Sol. Mas não foi todo mundo da família dele que morreu, teve a irmã dele que, em vez de ser assassinada e parcialmente devorada, foi transformada num monstro comedor de carne e bebedor de sangue.

A menina não é igual a todo mundo e consegue se controlar pra não comer pessoas, mas ela tem que usar essa mordaça de bambu só pra garantir. Só que é desenho de lutinha e tem que ter as lutinhas, por isso que Tanjiro (o boy lá) e Nezuko (a irmã carnívora do boy) se tornam parte do esquadrão de exterminadores que tem como trabalho matar os monstros comedores de CPF. Além da missão principal, que é matar todo mundo que faz gente de petisco, os dois irmãos entram numa jornada pra tentar transformar Nezuko de volta em uma humana normal.

Tudo que eles fazem é de olho nesse objetivo. A  menina quer ser humana e o menino quer salvar a única pessoa que sobrou da família dele. É a motivação dos dois, é o combustível dos dois, não tem nada que eles não façam ou sacrifiquem por causa desse sonho. É por isso que eles enfrentam os onis, é  por isso que eles se arriscam, por isso que eles treinam e ficam mais fortes. Obviamente eles absorvem todo o senso de dever e sacrifício do esquadrão, mas no final é isso que eles querem.

 

ATENÇÃO! A PARTIR DAQUI TEM UNS SPOILERS.

 

Corta pra temporada que saiu esse ano.

 

Último episódio. Os dois irmãos estão numa perseguição ao inimigo principal da temporada. Enfraquecido, o inimigo procura algum humano indefeso de quem ele possa se alimentar e recuperar suas forças. E os encontra, três ferreiros que fugiram do ataque que a vila sofreu. Ele tá fraco, lento, mas forte o suficiente pra dar cabo de três fulanos sem treinamento de combate.

O cenário é uma planície, não tem lugar pra se  esconder.
Tanjiro alcança o inimigo usando suas últimas forças, desfere o golpe fatal e corta a cabeça do vilão. Única forma de matar um oni.

O  vilão foi derrotado. O Sol começa a nascer.

Em todo o resto da série o Sol foi um aliado. Sobreviver até o nascer do Sol era uma garantia de segurança para qualquer exterminador. Até o oni mais forte não pode resistir aos raios do Sol.

O Sol está nascendo. O cenário é uma planície, sem lugar pra se esconder.

Nezuko está lá.

Tanjiro corre até a irmã, precisa protegê-la. Salvá-la da morte certa. Ele vai até ela na esperança de alertá-la sobre o perigo que corre.

Ela ignora o desespero do irmão. Tem algo mais importante acontecendo.

O inimigo não tinha sido derrotado. O corpo sem cabeça se levanta e volta a perseguir os pobres ferreiros. Nezuko tenta desesperada avisar ao irmão (amordaçar a menina não parece uma ideia tão boa agora). Depois de um tempo, Tanjiro finalmente nota o inimigo que não morreu e se prepara para mais um golpe.

O Sol toca a pele de Nezuko.

Ela começa a berrar enquanto a carne é queimada pelos raios da aurora.

Tanjiro a protege da luz. Os outros aliados estão muito longe e muito fracos para ajudar. Ela encolhe o corpo para tentar se proteger melhor na sombra do irmão. Ela geme e se contorce de dor. Enquanto isso, os ferreiros gritam de pavor e clamam por ajuda.

Tanjiro mal consegue respirar. Os exterminadores tiram suas forças das técnicas de respiração  e adquirem um controle absoluto sobre ela. A respiração descontrolada de uma espécie de crise de ansiedade é o maior sinal de desespero.

Ele jurou proteger os indefesos. Ele jurou dar tudo para derrotar os inimigos… Ele prometeu trazer a irmã de volta. Ele era a única coisa que separava a irmã de virar um punhado de cinzas… A única coisa que protegia os pobres camponeses de uma morte violenta.

Não consegue decidir. Ele mal consegue suportar o peso da dúvida.

Os pés saem do chão.

Tanjiro é arremessado no ar. Nezuko lança seu irmão no ar.

A cena é na câmera mais lenta possível. Os dois irmãos se encaram. Nos olhos do menino uma total incredulidade. Nos olhos da menina não há um traço de dúvida. Com um sinal ela diz o que quer que seu irmão faça: derrote os inimigos e salve aquelas pessoas. Naquela fração de segundo toda a jornada dos dois passa em um instante pela mente de Tanjiro. As lágrimas brotam nos olhos quando ele encara a irmã, agora já bastante queimada pelos raios do Sol.

Ela olha de volta. Ela sorri. Ela se despede.

Nezuko sempre foi um personagem a ser protegido. Sua vulnerabilidade ao Sol e algumas restrições provocadas pela falta de consumo de carne e sangue sempre a impediram de ser independente do irmão. Não é tão fácil lembrar o tempo todo dela como uma exterminadora. Como parte do esquadrão, como uma pessoa que está ali no cumprimento do dever. Naquele momento Nezuko foi muito mais exterminadora do que o irmão. Muito mais forte do que o irmão. E essa cena ficou comigo.

Reassistindo a esse trecho do episódio eu me reencontro com a força de Nezuko. Me reconecto com os olhos monstruosos da menina com a carne meio queimada e como ela não hesita em dar a própria vida para proteger os indefesos. Claro que eu sei que ela é um personagem de desenho japonês de lutinha. Claro que o sacrifício de um personagem fictício nem se compara com o sacrifício de uma pessoa de carne e osso. Eu também sei que foi decisão da autora que ela fizesse isso e todas essas coisas… Mas naquele momento, dentro do microcosmo em que só existia eu e a história que eu assistia na tela do meu computador, Nezuko foi mais forte que tudo. Enquanto eu me desesperava junto com Tanjiro e me sentava na ponta da cadeira sem saber o que ia acontecer, Nezuko me jogou no ar, me olhou nos olhos, me mandou lutar e se despediu de mim com um sorriso. Se não são momentos como esse que fazem a ficção valer a pena, não sei mais o que faz.

Era pra Ser Motivacional, Não É, Mas Talvez Seja Mesmo Não Sendo

Outro dia estava eu conversando com minha costela sobre o texto que eu escrevi ano passado quando cheguei à cabalística idade de trinta anos. Caso você, cara pessoa leitora, não tenha passado seus olhos sobre o texto em questão recomendo a leitura, não que seja necessária pra entender o resto do que eu pretendo escrever hoje, mas é uma leitura agradável, pelo menos eu acho. Então entre nesse link aqui, dê uma lida e volte pra continuar a conversa.

Apesar de ser um texto bem otimista a meu ver, a tal publicação temática dos trinta anos deixou minha lady meio pra baixo. Conversando mais um pouco, ela disse que queria que eu escrevesse algo mais pra cima, pra dar uma animada, uma motivada. Em outros tempos, quando a máquina da escrita estava mais lubrificada eu teria aceitado o desafio e escrito alguma coisa, mas a ferrugem consome minhas juntas criativas e a inspiração se faz necessária pra produzir algo que seja realmente legal. Me vi obrigado a negar o pedido.

Mas as engrenagens começaram a se mexer.

Uns dias depois, em um momento de esvaziamento total do pensamento me veio na cabeça uma frase que pra mim é bem familiar: “Onde estão o cavalo e o cavaleiro?”. Se você sofre do mesmo nível de nerdice que eu deve ter reconhecido a citação, se você não sofre precisa de uma dose de contexto. Essa fala pertence ao Rei Théoden, personagem que nos é apresentado no segundo filme, ou no segundo livro, da trilogia O Senhor dos Anéis. Na cena o rei recita alguns versos de uma canção que aparece originalmente nos livros, sendo cantada por outro personagem. A cena inteira você pode ver aqui embaixo.

Caso você não queira assistir essa cena, uma das minhas preferidas da trilogia, ou caso o vídeo não se encontre mais disponível, coisa que acontece com uma certa frequência, eu vou transcrever aqui os versos com uma leve alteração na tradução pra que ninguém fique perdido na conversa.

Onde estão o cavalo e o cavaleiro?

Onde está a corneta que soava?

Eles passaram como chuva nas montanhas

Como vento nas pradarias

Os dias se puseram no Oeste

Por trás das colinas

Dentro das Sombras.

Se tirarmos todo o verniz de ficção fantástica, esquecermos dos elfos, anões, magos, orcs, anéis mágicos e das pessoas de um metro de altura que fazem sete refeições por dia, mas que passam a maior parte da história comendo brownie vegano, não é difícil notar que Senhor dos Anéis é recheado com uma boa dose de melancolia. É uma obra que conta uma história que se passa em um mundo que já não é mais tão mágico quanto já foi um dia e que nunca mais será como já foi, principalmente depois do final da história. Confesso que essa descrição me parece muito familiar.

As coisas passam pelo mundo, o mundo passa pelas coisas e é assim que funciona. Em Senhor dos Anéis temos personagens que enchem suas asas com os ventos da mudança, o primeiro filme começa com o icônico “O mundo mudou” dito pela voz galadriética de Cate Blanchett. Curiosamente os personagens que se apegam ao passado glorioso que não existe faz muito tempo e se recusam a aceitar o novo são os que se perdem, se corrompem, fadados eternamente à prisão do chão com suas asas atrofiadas.

Mas não é linda e maravilhosa a trilha dos heróis da história, assim como não é a trilha de todo aquele que percorre o seu caminho olhando pra frente… Ou pra trás, ou pra qualquer pessoa que percorra qualquer caminho. A esperança é o que muitas vezes acende o coração daqueles que persistem. Muitas vezes o único combustível que resta, ainda assim o que muitas vezes se esgota. Diante da grande sombra que estende seus dedos sobre todas as pessoas, encontramos a fagulha que inflama no inesperado que nos encontra na virada da maré. Em um mundo que nos ensina que só existem vencedores e perdedores, muitas vezes só precisamos lutar até que a luta acabe. Resistir até o sol nascer. Mesmo que a aurora não traga ajuda alguma, um pouco de luz pode fazer toda a diferença.

Não sei exatamente onde eu queria chegar com tudo isso que está escrito nesta breve (mas nem tanto) publicação. Provavelmente consegui chegar em algum lugar, não sei exatamente onde, mas é isso aí. Nos vemos na próxima.

40 Anos de Império Contra-ataca

Algumas décadas atrás a indústria do entretenimento, principalmente o cinema, vivia uma realidade muito diferente da atual. Não existiam tantas franquias gigantescas, filmes de grande orçamento e nem tantos filmes com efeitos especiais absurdos. Foi nesse contexto que surgiu o nome que definiu o que é ser uma grande franquia. O filme que mudou a história do cinema, do mercado do cinema. Em 1977 estreou Star Wars, que naquela época era só Star Wars, mas que pouco tempo depois teve seu título mudado para Episódio IV – Uma Nova Esperança, garantindo que teria coisa antes, coisa depois e que qualquer um que caísse de paraquedas no assunto ficasse completamente confuso. Três anos depois saiu o filme que completou quarenta anos na semana passada. Em 21 de maio de 1980 estreava nos Estados Unidos Star Wars Episódio V – O Império Contra-ataca.

Ou o Star Wars preferido de todo mundo.

“Nadavê, Filipe, eu gosto bem mais do Episódio (insira aqui o episódio que você acha que mais gosta)”.


O Império Contra-ataca é Star Wars no seu estado mais puro e lapidado. Tudo que é mais lembrado sobre a primeira trilogia de filmes está nesse filme. Darth Vader como o super vilão temido por seus inimigos e subordinados? Isso só começou aqui. Se você reparar bem em Darth Vader no primeiro filme, vai perceber que ele é um nêmesis pros protagonistas apenas, um agente do Império que age com certa autonomia, mas submetido à autoridade do Governador Tarkin, o homem que comanda a estação bélica apelidada de Estrela da Morte. Vader se torna o carrasco da Rebelião só no Episódio V. O velho Ben Kenobi aparecendo como fantasma? Apesar de soprar um “use a Força” no ouvido de Luke no final do primeiro filme, ele só aparece na sua forma azulada semitransparente aqui. Mestre Yoda? Fez sua estreia aqui, com frases invertidas e os ensinamentos sobre a verdadeira natureza da Força. O romance de Han e Leia? Em meio às brigas, trocas de ofensas e quase total ausência de gentilezas é que floresce o único romance minimamente decente nessa franquia toda. Essa cena aqui…


É do Império Contra-ataca. A cara enrugada do Imperador? Apareceu pela primeira vez, ao vivo e em holograma, nesse filme. E falando em primeiras aparições, além do já citado Mestre Yoda, temos Bobba Fett, pra provar que dá pra ficar famoso só fazendo pose. Também temos outro queridinho dos fãs, Lando Calrissian, fazendo sua primeira aparição nesse universo. Algumas das cenas mais icônicas também estão aqui, como o ataque imperial à Base Echo no planeta Hoth, com a primeira aparição dos AT-AT.

A fuga da Millenium Falcon das marinha imperial, a perseguição pelo campo de asteroides e logo depois todo mundo quase virando comida de verme espacial.

E essa cena aqui.

    Toda a jornada de Luke Skywalker dentro do filme, lentamente se colocando à parte da Rebelião e começando a percorrer um caminho por onde só ele pode andar, o que culmina no Luke que vemos no filme seguinte, é provavelmente o momento mais legal do personagem pra mim. Ele não é mais o garoto da fazenda, mas também não atingiu todo o seu potencial como Jedi, enfrentar o Império junto dos outros rebeldes é importante, mas ainda falta algo para que ele se sinta completo.

Por fim temos outra coisa que ajuda o Império Contra-ataca, ele é o filme do meio. Os filmes do meio têm uma responsabilidade: ser uma boa transição entre a primeira e a terceira parte. Essa é uma tarefa fácil? Não, é um desafio tremendo. O Império Contra-ataca é excelente porque precisou ser. Ele era a continuação do filme que fez um sucesso inacreditável e precisava ser um elo pro filme que fecharia essa história. Ele precisava ser ótimo e, justamente por isso, ele foi.

Veja Império Contra-ataca. Reveja o Império Contra-ataca. Aproveite o Império Contra-ataca. É isso. Até a próxima.

Em 2019 Teve: Homem-Aranha No Aranhaverso

No longínquo ano de 2017 eu publiquei por aqui um texto apresentando aos meus caros leitores Miles Morales, também conhecido como o Homem-Aranha que vale pra mim. Na época eu estava soltando meus fogos com a possibilidade de uma aparição do meu querido Miles no cinema, mas eis que em 2018 (2019 para os habitantes de Terra Brasilis) eu vi realizado na tela do cinema o meu sonho:

Logo no início do filme o Homem-Aranha que a gente conhece, Peter Parker, falece precocemente e passa o bastão pra um Miles Morales recém mordido por uma aranha radioativa. Mas Miles não está sozinho nessa, um Peter Parker de um universo alternativo e pessoas aranha de diferentes realidades se juntam a ele para impedir o colapso de todo o multiverso.

De maneira geral Homem-Aranha no Aranhaverso não só acerta em muitas coisas, como na caracterização dos personagens, na estética e nas homenagens, mas o filme em si é um grande acerto dada a atual conjuntura dos fatos. Ao contrário do que pode parecer, fazer um filme do Homem-Aranha hoje em dia não é a tarefa mais fácil do mundo: atualmente estamos com a terceira encarnação do Homem-Aranha no cinema, queda de braço entre a Sony e a Marvel sobre o uso do personagem e fãs cheios de expectativa. Então vemos aí o trunfo maior dessa decisão: fazer um filme de animação pra driblar todos esses problemas.

Um filme de animação. Em uma animação ninguém ligaria muito para a cara, ou a voz, dos atores que interpretam os personagens ou encheria o saco pra manter a cronologia dos filmes da Marvel . Além disso era uma oportunidade única de apresentar pro grande público dois dos personagens mais populares dos quadrinhos: Miles Morales e Gwen Aranha.

Quem acompanha minimamente o mercado de quadrinhos de super-heróis sabe que Miles e essa nova versão de Gwen Stacy tomou de assalto o coração de muitos fãs. Os mesmos fãs que sabiam que muita água teria que rolar antes de qualquer um desses dois dar o ar da graça nos filmes da Marvel Studios. Gwen e Miles não teriam outra chance dessas tão cedo. Dito isso, voltamos para o filme.

Aranhaverso é um filme sobre crescimento, a descoberta de uma nova identidade e o que te faz ser o que você é. Ao longo da história não vemos Miles aprendendo a ser muito mais do que apenas um herói. Essa é a história de um garoto aprendendo a ser um Homem-Aranha. Em tempos de caracterizações equivocadas e adaptações que problemáticas temos um filme com seis, eu disse SEIS pessoas aranha na tela (sete se você contar o Homaranha que vai pra vala logo no início do filme), todos com suas próprias personalidades, estéticas e peculiaridades, mas em todos eles é fácil reconhecer o que faz um Homem-Aranha ser um Homem-Aranha.

Apesar de não parecer, o Homem-Aranha é um personagem trágico. Apesar de não ser nascido da tragédia como o Batman e outros similares, o Teioso é marcado pelas tragédias que apareceram no caminho. A perda é algo tão inerente ao personagem quanto a teia ou os poderes aracnídeos, e é justamente a perda que coloca o Homaranha no caminho do heroísmo. E não importa quantas vezes ele é jogado no não, o Homem-Aranha sempre se levanta. Todos eles sempre se levantam. Se tornar um Homem-Aranha é, acima de qualquer coisa, aprender a levantar quantas vezes for preciso.

Aranhaverso foi uma grata surpresa. Arrebatou o coração de muita gente e ganhou um monte de prêmios, incluindo o Oscar de Melhor Filme de Animação, e teve resultados bons o suficiente pra garantir uma continuação, que chega em 2022. Por fim dá pra dizer que o futuro de Miles Morales no cinema parece bastante promissor, seja nesse ou em qualquer outro universo.

2017, 75 Anos e 285 Textos

Dezembro. Ano terminando, a internet já tá cheia de gente falando de uva passa e a voz de Simone já pode ser ouvida nos mais diversos estabelecimentos do Brasil. Juntamente com o final de ano temos algumas pautas prontas alguns posts tradicionais deste querido blog. Provavelmente o mais legal deles seja o post que comemora os 75 anos de coisas diversas. Normalmente ele sai em um post com a numeração terminada em 5, mas como o 283 foi uma homenagem motivada por uma fatalidade, eu vou dar uma roubada e dizer que esse aqui é o post 285 que vale.

Começando, como sempre, com a ala musical da coisa temos os 75 anos de algumas moças já falecidas, Nara Leão, a musa da Bossa Nova, Celly Campello, a moça que tomava banho de lua e pedia pro Cupido deixar ela em paz, Clara Nunes, a primeira cantora a ter um disco com mais de 100 mil cópias vendidas. Passando pra ala masculina dos defuntos temos Ronnie James Dio, o cara que cantava Holy Diver, e o cara que minha mãe parafraseia pra me lembrar de acender os faróis na estrada, Tim Maia. Ainda nessa ala falecida temos duas vítimas da maldição dos 27 anos, Brian Jones, membro fundador dos Rolling Stones, e um dos guitarristas mais importantes de todos os tempos, Jimi Hendrix. Passando rapidamente pra parte da galera viva pra fechar logo esse tópico temos Paulinho da Viola, Milton Nascimento, Caetano, o Veloso, e seu brother Gilberto Gil. Juntamente com eles temos o possívelmente falecido Beatle Paul McCartney e Jorge Ben Jor.

Na parte de cinema abrimos os trabalhos com os 75 anos de Bambi. Sim, você não leu errado, faz 75 que a mãe do Bambi morreu. Também temos Casablanca, um clássico do cinema que provavelmente é a única coisa além de Bambi que eu reconheço da lista da Wikipédia. Na lista de personalidades do cinema que estão completando 75 anos temos Martin Scorsese e Harrison Ford, conhecido principalmente como Han Solo ou Indiana Jones.

Na última das categorias tradicionais temos os personagens de histórias em quadrinhos. Esse ano não tem muita gente, mas tem umas coisas interessantes. O primeiro da lista é mais um vilão do Batema, o Duas-Caras, que ficou bem famoso por causa do filme lá que tinha o Coringa Heath Ledger. Juntamente com ele temos Zé Carioca nos quadrinhos da Disney e a primeira edição do título solo da Mulher Maravilha, que trouxe uma série de personagens que apareceram no filme dela e que estão completando 75 anos em 2017, tais como Doutora Veneno e Etta Candy.

Mais um post de 75 anos se foi. Ele é só mais um lembrete de como 2017 tá perto do fim. Enquanto contamos regressivamente e riscamos compulsivamente os dias do calendário, lembramos desse ano e de tudo que esperamos dele. Confesso que esperava bem menos do que recebi e bem mais do que eu ofereci, mas isso é coisa pra outro dia.

Previsões Para 2017 (Segundo O Sobrevivente)

Esse ano eu resolvi assistir a um dos maiores clássicos do cinema moderno. Um filme sobre futuro distópico que marcou época e até hoje é considerado uma obra prima do cinema. Estou falando do maravilhoso…

O Sobrevivente 1987

Essa obra espetacular de 1987 mostra um futuro onde a merda virou boné tudo deu errado e o maior sucesso no mundo do entretenimento é um programa de TV chamado O Sobrevivente (The Running Man no original). O filme conseguiu me ganhar logo nos primeiros segundos, quando eu me deparei com as primeiras palavras do texto de abertura..

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“Por volta de 2017”. É assim que o texto começa e já que estamos quase em 2017, resolvi tomar esse filme como base para fazer previsões para 2017.

Primeiro vamos para as novidades. No começo do filme o personagem do nosso amigo Arnold vai pra casa do irmão dele. Chega lá na porta, digita a senha e entra. O problema é que o irmão dele não mora mais lá, a atual residente do apartamento é a mocinha do filme. Ou seja, em 2017 você não vai mais poder redefinir as suas senhas, principalmente quando estiver utilizando coisas que pertenceram a outras pessoas.

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Outra tecnologia que estará disponível para todos os cidadãos comuns é o controle de tudo dentro de casa com comando de voz. Os preguiçosos agradecem. Também temos uma amostra de como o fim do sinal de TV analógico vai nos beneficiar. Com o advento da TV Digital nós vamos poder realizar as mais diversas transações direto dos nossos televisores. No intervalo da novela você vai poder, por exemplo, planejar sua viagem pro Havaí.

 

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Aqueles que não conseguiram migrar para o sinal digital podem ficar despreocupados. Ninguém vai perder os programas de maiores audiência por causa de sinal incompatível. As redes de televisão vão transmitir seus programas diretamente para os telões instalados em locais públicos, de fácil acesso e com grande circulação de pessoas.

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Problemas com WiFi, redes sem fio e falta de conectividade entre os aparelhos? Tudo isso vai ficar no passado. Depois de dar um passo em falso para o futuro daremos dois em direção ao passado e tudo vai voltar a ter fio.

Claro que não devemos esquecer do maior programa de televisão do universo. Em 2017 os condenados pela justiça vão lutar por suas vidas no reality show mais bizarro e violento da história. Estou falando de O Sobrevivente. Obviamente os participantes usarão aparatos esportivos de ponta e serão patrocinados por grandes marcas do esporte, como aquela marca famosa das três listras.

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Agora vamos pra parte ruim do negócio. Para aqueles que detestam injeção temos uma notícia péssima. A partir de 2017 vão começar a aplicar injeção no lugar mais desgraçado possível. Se o termo técnico é “injeção interfalângica” já dá pra imaginar como vai ser.

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Para aqueles que sempre estão levantando acusações contra a manipulação de informação através da imprensa sensacionalista. Em 2017 chutarão todos os paus das barracas e a manipulação da informação vai ser descarada e absurda em níveis nunca antes vistos.

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Eu poderia continuar listando as maravilhas que o mundo retrofuturista de O Sobrevivente previu para o nosso 2017, mas eu não quero tirar toda a graça desse ano que está só começando. Estou aqui esperando ansioso pra que tudo isso aconteça e você?

 

Retrospectiva 2016

Outro dia eu estava na minha timeline do Facebook e me deparei com essa maravilhosa tirinha lá do pessoal do Ângulo de Vista.

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Sim, dá pra resumir 2016 nesse último quadrinho. Um ano que só estava aqui pra ver o circo pegar fogo. Doze meses terroristas que trabalharam incansáveis para deixar a vida da gente mais difícil e para celebrar a partida desse ano tão maravilhoso que vamos fazer uma breve recapitulação de algumas coisas que rolaram esse ano.

Acho que a primeira coisa que a gente lembra de 2016 é do impeachment da pessoa mais engraçada que já governou esse nosso Brasil brasileiro. Derrubaram Dilma e colocaram o nosso amigo Nosferatu no lugar. Imediatamente a gente soube que metade da graça de acompanhar as atividades da presidência foi embora junto com Dilma. A segunda coisa é que oficialmente abriram as porteiras do mundo bizarro com a eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos da América. E que Deus nos defenda dele em 2017.

Saindo um pouco da política tivemos os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Obviamente todo mundo pensou que ia dar tudo errado e o Brasil passaria toda a vergonha que não passou na copa de 2014. Contrariando as expectativas os Jogos foram uma beleza e rolaram até umas coisas que nem Zuckerberg viu chegando que nos pegaram de surpresa, como o monte de medalha que Isaquias Queiroz, o dono do melhor cabelo do canoísmo mundial, ganhou.

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Mas infelizmente nem tudo no mundo dos esportes foi alegria. Impossível não lembrar do acidente que vitimou praticamente todo o time da Chapecoense, justamente quando a equipe disputava o título mais importante da história do clube. Poucos dias atrás um time de Uganda estava num barco que afundou, matando 30 pessoas.

E talvez a maior marca de 2016 foi justamente a quantidade de gente famosa/relevante que morreu. Só de nome grande da música morreu Prince, David Bowie, Naná Vasconcelos, Caubi Peixoto, George Michael e mais um monte de gente que eu não vou listar pra lista não ficar muito grande. Os potterheads choraram a morte de Alan Rickman, o cara que deu vida ao professor Severo Snape, o único vilão em Harry Potter que realmente é um vilão bom. Os fãs de Star Wars lamentaram a morte de Kenny Baker, o carinha dentro do R2-D2, os trekers perderam Anton Yelchin, o Chekov dos últimos filmes de Star Trek, os fãs de quadrinhos deram adeus a Darwin Cooke e até os fãs de Digimon perderam a voz que cantou as músicas mais icônicas da série, Kouji Wada também não escapou de 2016. O mundo deu adeus a Debbie Reynolds pouco tempo depois de dar adeus a filha dela. A intérprete de uma das personagens mais importantes do século XX. Esse ano o mundo perdeu a Princesa de Alderaan, em 2016 perdemos Carrie Fisher.

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2016 foi ano de sobreviver. De ser jogado aos leões e de ver muita coisa dando errado. De enfrentar as dificuldades e principalmente resistir a elas. No geral foi um ano meio triste. Chegamos ao final do mês doze bem cansados e esperando que nossas armas não sejam tão necessárias nos próximos 365 dias. 2016 foi ano de lutar. Muito ou pouco todos tivemos nossas lutas e muitas vezes participamos das lutas de outros. 2017 não promete ser tão diferente, mas talvez esse ano que começa agora deva ser olhado sob outra perspectiva.

Esse ano 2016 nos deixa meio quebrados, mas também nos incentiva a olhar pra 2017 com esperança. Ano que vem vai ser um ano bom? Não dá pra saber. Vai ser pior que 2016? Espero que não. Não espero uma mudança miraculosa na vida de todos, muito menos o surgimento de alguém que vai resolver todos os problemas, mas a esperança permanece.

Um feliz ano novo para você, querido leitor. Que 2016 termine cheio de esperança e que 2017 não nos faça esperar em vão.

2016, 75 Anos e 205 Textos

    Exatamente um ano atrás eu escrevi um post especial para comemorar a marca de 75 publicações. No texto em questão eu falei de várias pessoas e personagens que completaram 75 anos em 2015. Então escolhi uma publicação com o número terminado em 5, que no caso da publicação de hoje é 205, pra fazer a lista dos aniversariantes destaques de 2016.

    No campo musical nós abrimos a lista de Dominguinhos, falecido em 2013, Benito di Paula, o cara do Amigo Charlie Brown, o ganhador do Nobel de Literatura e de mais uma porrada de prêmios de áreas diversas, Bob Dylan e por último o cara que só aparece nos nossos fins de ano: Roberto Carlos. Roberto esse que as pessoas erroneamente chamam de “Rei”. Erroneamente porque todo mundo sabe que “Rei” só Reginaldo Rossi.

    No cinema temos o aniversário de algumas obras bem importantes. O Falcão Maltês, Cidadão Kane, O Lobisomem, Sr. e Sra. Smith, que não tem nada a ver com aquele do Brad Pitt com a Angelina Jolie, e Dumbo. Sim, mais uma vez temos um desenho da Disney completando 75 anos, pelo menos dessa vez ele não é o único filme de 1941 que é lembrado até hoje, ao contrário de Pinóquio no ano passado. Passando pras pessoas os destaques vão para o ator Nick Nolte, o mestre da luta com facas, Peter Coyote, e o mestre por trás de obras como O Castelo Animado, Meu Vizinho (ou Amigo) Totoro, Viagem de Chihiro e o maravilhoso, primoroso, lindo e emocionante Princesa Mononoke. Estou falando de um dos fundadores de um dos estúdios de animação mais respeitados do universo, Hayao Miyazaki, um dos fundadores do Estúdio Ghibli.

    Na parte de televisão nós temos o jornalista que dá personalidade à todas as chamadas do Globo Repórter, Sérgio Chapelin e daquele que sempre aponta as vergonhas do Brasil, Boris Casoy. Na parte do entretenimento temos Umberto Magnani, que faleceu sem completar seu último trabalho na televisão, a novela Velho Chico, Betty Faria e Neusa Borges, que também poderiam aparecer na parte de cinema juntamente com um músico, ator de televisão e de um monte de filmes, estou falando de Mussum. Não só um dos mais queridos, ou o mais querido, do elenco original d’Os Trapalhões.

Aí chegamos na parte que eu mais gosto: os personagens de quadrinhos. Em 1941 tivemos o nascimento do Capitão América. Juntamente com o Sentinela da Liberdade foi criado seu sidekick Bucky Barnes, que posteriormente foi reformulado e hoje atende pelo nome de Soldado Invernal. Também temos o Arqueiro Verde, que virou um personagem mais modinha mainstream depois da série Arrow, e seu sidekick Ricardito, que é Speedy no original e eu nem sei como se chama na série.

Também em 41 tivemos o nascimento da Mulher Maravilha, que esse ano causou a maior comoção por ser a melhor coisa sua participação em Batman v. Superman. Não podemos esquecer do aniversário do Aquaman, provavelmente o héroi que mais serviu de inspiração pra piadas desde o tempo dos Super Amigos. Ainda cabem na lista o Caveira Vermelha, inimigo do Capitas Americano, o Pinguim, inimigo do Batema, o Homem Borracha e o Capitão Marvel Jr.. Apesar de quase ninguém conhecer esse último, podemos dizer que ele foi um dos mais influentes dessa lista. Caso você não saiba, foi o visual do Capitão Marvel Jr que inspirou o visual de Elvis Presley. Aquela capinha na metade das costas com uma gola alta e o topete que compunham o visual do Rei do Rock vieram dele. Nem preciso dizer que o motivo disso foi a admiração que Elvis tinha pelo personagem.

Chegamos ao fim de mais um especial de 75 anos, espero que tenham gostado. Sério, espero que tenham gostado porque todo ano eu vou fazer um desses e o que eu menos quero é gente torcendo o nariz pros posts que sairão nos próximos anos.

Maisa de Bikini

Uma das coisas mais legais de ter um site/blog ou derivado é justamente saber como as pessoas chegaram nas suas dependências internéticas. Quando eu olho as estatísticas do Cachorros de Bikini eu sempre presto atenção nas buscas que levam ao site. Algumas delas não tem nada demais, como por exemplo gente de fato procurando por cachorros em trajes de banho ou procurando por crônicas de temas específicos. Outras vezes aparece alguém procurando por coisas que não tem nada com nada, o exemplo mais recente disso foi alguém procurando por “quais os meses de sorte e de azar num ano e os piores do ano”. Mas até hoje a busca frequente mais estranha é “Maisa de Bikini”.

    Pra entender como isso começou precisamos voltar ao longínquo 24 de Julho de 2015. O Cachorros de Bikini não tinha nem dois meses de vida quando publicou naquela sexta-feira o texto Maisa Abandona a Infância. Desde aquele tempo não é raro aparecer alguém por aqui procurando por “Maisa de bikini”, “Maisa de biquine”, “Maisa Bikini” ou qualquer coisas desse tipo. Quando eu vi essas buscas aparecendo eu fiquei assim:

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Sério, qual a motivação que um ser humano racional teria pra procurar por Maisa de Bikini? Pare pra pensar juntamente comigo, caro leitor. Você está alegremente navegando na internet e não mais que de repente dá um estalo na sua cabeça e você pensa: “Deve ter fotos de Maisa de biquíni em algum lugar da internet”. Faz sentido? “Claro que não, Filipe, por que diabos eu vou querer ver imagens de Maisa em trajes de banho?”, concordo com você, não faz o MENOR SENTIDO alguém procurar por um negócio desses. Já tentei entender, já tentei achar o mínimo de lógica e propósito nessa busca. Busca essa tão infrutífera, que o povo vem bater aqui no Cachorros. Comparado com isso a busca por “quais os meses de sorte e de azar num ano e os piores do ano” fica bem menos absurdo. Afinal informações sobre sorte e azar são coisas com plena aplicação prática e normalmente atrelada a estudos empíricos de eventos que obedecem a certos padrões. Eu não acredito em nada disso, mas ainda me parece mais coerente do que procurar por Maisa de biquíni.

O texto de hoje não tem conclusão. O fato em si é suficiente pra me deixar sem palavras. Na falta de algo mais importante pra dizer fico só no bom dia/boa tarde/boa noite, fiquem com Deus e Maisa ama vocês.

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Enquanto Meus Cachorros Dormiam

Abril foi um mês meio fraco nesse cantinho azulado da internet conhecido como Cachorros de Bikini. Graças a vários intempéries, contratempos, dificuldades e inconvenientes, o site passou quase o mês todo fora do ar. Não que isso seja um problema muito grande, afinal não estamos mudando a vida de ninguém por aqui e nem fazendo nada de real relevância para a humanidade, mas quando paro pra pensar vejo a quantidade de coisas que aconteceram e não foram comentadas por aqui.

Eu não gosto muito de escrever sobre os assuntos sérios, mas de uns tempos pra cá os nossos políticos estão de parabéns… Pensando bem esse assunto é tão absurdo que deixa de ser coisa séria, então estou autorizado por mim mesmo a comentar. Nos últimos tempos a nossa política está cada vez mais brasihueira. Inclusive devo ressaltar que nosso querido vice-presidente provavelmente é, levando em consideração apenas o seu talento para a zueira, o cara mais indicado pra dirigir esse país. Além de zueiro por natureza e o maior vazador de coisas inacreditáveis da história do planalto central,  ele é uma fonte inesgotável de zueira. Vide reportagens vintage que revistas “de visão” fazem sobre a vice-primeira dama. E obviamente temos uma menção honrosa a todos os nossos deputados federais que mostraram como é que se vota de verdade, inclusive fica a sugestão de que nas próximas eleições os eleitores tenham a opção de voto verbal, aberto e com direito a microfone.

Na categoria “Noticias Que Eu Vi, Mas Deixei Pra Comentar Depois” temos duas notícias que me deixaram simplesmente estupefato… Estupefato não é bem a palavra, mas creio que qualquer outro termo vai diminuir a importância das novas. A primeira delas não teve muita repercussão, mas me intrigou de uma maneira que não sei explicar: matemáticos descobrem um padrão inesperado nos números primos. Um padrão para os números primos? Meu mundo caiu, um dos fundamentos do universo conhecido foi derrubado. Infelizmente a análise de UM TRILHÃO de números primos gerou resultados ainda inconclusivos, mas ainda assim não é pouca merda é algo admirável. Continuem assim, matemáticos pesquisadores, precisamos de mais gente assim. A segunda notícia que eu deixei passar foi um fato que teve uma repercussão inacreditável. Estava em todos os sites de notícia, e o evento não foi só noticiado como todo o seu desenrolar teve uma cobertura massiva de vários meios de comunicação: Anitta fez preenchimento labial e deu ruim. Não, você não leu errado. Durante DIAS se falou dos beiços de Anitta em todo canto. Chegou ao ponto de conhecidos meus falarem coisas como “eu não aguento mais ver o beiço de Anitta em todo canto”. E com isso aprendemos, queridas crianças, que temos que ter cuidado quando formos brincar de plástica.

O maior prejuízo desses dias todos fora do ar foram todos os eventos simples e nem por isso menos extraordinários que não foram devidamente comentados nesse pálido ponto azul do firmamento da internet brasileira. Todo o espetáculo do evento comum de todo dia que deixou de ser aplaudido, todas as curiosidades que testemunhei nesses dias e que não serão registradas e eternizadas aqui. Uma lástima realmente, mas vida que segue, ainda tem muito cachorro de roupa de banho esperando a chance de aparecer por aqui.

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