Não é um blog sobre cachorros e bikinis

Retrospectiva 2015

    2015 acaba amanhã e nada mais justo do que o último post do ano ser um ligeiro resumo do que aconteceu ao longo desses últimos trezentos e sessenta e poucos dias. O texto de hoje é um pouco mais sério do que de costume. Espero que você não se importe.

    2014 foi um ano muito cabuloso. Graças a isso todo mundo esperava de 2015 uma folguinha. Mas no lugar disso tivemos um ano que se esforçou pra superar o seu antecessor. 2015 foi cabuloso na  mesma proporção, mas ele conseguiu ser cabuloso de uma maneira muito diferente. Esse ano foi o ano do absurdo.

    De dólar batendo quatro e vinte até barragem de lama rompendo, passando por pedofilia ao vivo pra internet toda ver e policial batendo em menor de idade. Esse ano foi um ano de notícias que não davam pra acreditar. Cada olhada no jornal era um exercício de incredulidade. Um ano em que descobriram que uma mulher que fugiu por engano da Coréia do Norte, vazaram uma carta do nosso vice-presidente e bloquearam o Whatsapp é um ano digno de nota. E não citei esses últimos exemplos por serem mais importantes, mas por serem tão absurdos quanto as coisas sérias que rolaram nesse ano cão.

    Particularmente eu considero que 2015 foi um grande aprendizado. Normalmente é isso que a gente consegue aproveitar de tempo ruim. Esse ano muita coisa deu errado, muita mesmo. Apesar da quantidade grande de cagadas e arrependimentos acabei aprendendo uma ou duas coisas. Não necessariamente as coisas que eu de fato precisava aprender, mas foi o que deu pra fazer. Esse ano eu atingi picos de stress nunca antes vistos, tive alguns dos momentos mais divertidos e emocionantes da vida, ganhei um LEGO de presente, comprei uma estante e finalmente coloquei o Cachorros de Bikini no ar. Comecei a ver coisas que eu não via antes e olhar de forma diferente pra coisas que eu sempre enxerguei.

    2015 nos deixa meio quebrados. Foram quase doze meses apanhando desse calendário que demorou pra terminar. A mensagem que ele deixa pra 2016 é simples: lute. Se 2015 foi carrasco, 2016 não quer ficar atrás. Lute. Esse ano tudo vai jogar contra a gente. Lute. Não precisa levantar bandeira nem se alistar em nenhum exército, basta enfrentar e resistir. Lute. Foram o que os bons exemplos de 2015 me mostraram. Foi o que eu aprendi com Imperatriz Furiosa em Mad Max, Rey em Star Wars e com várias mulheres de carne e osso que levantaram suas vozes em 2015. 2016 está nos chamando pra briga e não temos como fugir. Lute, mas se é pra lutar, lute como uma menina. Elas entendem muito bem disso, bem mais do que você pode imaginar.

 

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“…E Ano Novo Também”

  1. Tudo é a forma como encaramos.

    Eu acho que 2015 foi um ano do ca$%¨#%!

    Todas as dificuldades que se ergueram fizeram com que a reação tivesse que ser instantânea. Um ano para se mexer, para revidar, para resistir para exercitar a tal da ‘resiliência’, que tantos gostam de falar.

    Anos assim servem para calejar o lombo e preparar a pessoa para os grandes desafios da vida. Por que a gente sabe que os problemas de verdade chegam numa tarde ensolarada, onde tudo parecia perfeito.

    E nós estaremos preparados para eles. Lutando feito garotas. 🙂

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