Esse ano um evento movimentou as interwebs. Do nada os meus feeds foram invadidos por todo o tipo de manifestação apaixonada, sites que eu visito começaram a falar sobre isso, podcasts que eu escuto foram afetados e pessoas que eu conheço foram totalmente absorvidas pela magia desse acontecimento. Esse ano rolou o retorno/despedida de Gilmore Girls. Aqui no Brasil a última temporada das Lorelai lá ganhou um subtítulo bastante sugestivo: Um Ano para Recordar. Depois de filtrar todo esse excesso de nostalgia e overdose de Lorelai, café, diálogos rápidos e fãs tirando a poeira do Stars Hollow que existe dentro de seus corações, meu cérebro começou a trabalhar.

2016 está no fim. Hoje é o último dia de novembro e amanhã começa oficialmente o fim do ano. Finalmente os enfeites de natal estarão dentro do contexto, os comerciais da Coca-Cola vão mostrar a magia dessa época e vão começar a anunciar a programação de fim de ano da Globo. Pensando sobre o final de mais um ciclo solar e em todas as desgraças coisas que aconteceram nesses trezentos e trinta e poucos dias me veio a seguinte questão: 2016 é um ano para recordar?

Nem sempre os anos são memoráveis. Muitas vezes os anos são tão qualquer coisa que a gente vive lembrando das coisas que rolaram nele como se acontecessem em algum outro ano que foi mais relevante. Outras vezes os anos são tão bons que a gente nem se incomoda dele demorar um pouco mais a passar, outras vezes o bom e o ruim se equilibram de tal forma que fica difícil de saber se o saldo do ano foi negativo ou positivo. Algumas vezes os anos são 2016.

É bem provável que 2016 termine com um saldo negativo pra maioria das pessoas, mas de todo jeito algumas coisas boas aconteceram em 2016 pra todo mundo. Olhando para o calendário eu vejo que o ano pareceu longo por causa do tanto de coisa que aconteceu e quando eu penso mais um pouco vejo que apesar de muito canalha, 2016 foi um ano que trouxe consigo muitas coisas legais. Talvez não em número suficiente pra suplantar as coisas boas, mas em número suficiente pra nos fazer aguentar até agora esse ano cão. É só procurar que dá pra achar, é só catucar que aparece é só raspar que eu tenho certeza que tem.

É bem provável que o meu 2016 seja melhor de lembrar do que foi de viver. Inclusive algumas das coisas boas desse ano aconteceram dentro das páginas deste humilde blog. Conquistas pequenas como a publicação de número cem, os cinquenta contos de segunda, a página do Facebook e o primeiro aniversário, são tão significativas e tão banais quanto todas as outras pequenas coisas que aconteceram fora da internet. Em algum momento algo bom aconteceu no 2016 de todo mundo. Nem que seja o retorno/despedida de uma série que mora no coração.