Não é um blog sobre cachorros e bikinis

Tag: Mad Max

Oscar 2016

No próximo domingo, também conhecido como 28 de Fevereiro, acontecerá a cerimônia do Oscar, a maior premiação do cinema deste lado do universo, que junta uma galera de Hollywood pra premiar os melhores filmes, roteiristas, editores, compositores, sonoplastas, maquiadores, figurinistas, atores e diretores do ano de 2015. Como a maioria desses filmes favoritos aos prêmios, que são sucesso de crítica e entram pra história como marcos do cinema, eu normalmente não assisto, eu me limito a torcer por dois tipos de concorrentes: os blockbusters bons e os filmes de animação que concorrem fora da categoria de Melhor Filme de Animação. Além dos motivos regulares, nesse ano eu tenho alguns a mais pra torcer.

Neste ano, representando a categoria Filmes que O Povão Foi Ver temos Star Wars Episódio VII e Mad Max: Estrada da Fúria. Star Wars nunca foi uma franquia que costuma concorrer nas categorias mais nobres do Oscar, mas como sempre está lá figurando nas categorias técnicas: Efeitos Visuais, Edição, Edição de Som e Mixagem de Som.

Ele levaria fácil se não estivesse concorrendo com Mad Max em todas essas categorias, a briga vai ser entre esses dois. Cabe ressaltar que eu não vi nada dos outros concorrentes, mas convenhamos, é Star Wars e Mad Max, se nenhum desses dois ganhar nessas categorias vai ser marmelada. Além das categorias técnicas, nossa querida Guerra Nas Estrelas está obviamente concorrendo ao Oscar de Melhor Trilha Sonora graças ao nosso velho conhecido John Williams. Nessa categoria vamos ver um embate interessante entre nosso bom e velho John e a lenda do faroeste Ennio Morricone, com seu trabalho em Os Oito Odiados. Como eu sou louco por Star Wars e um admirador de faroeste, qualquer um dos dois que ganhar pra mim tá de bom tamanho.

Mas minha torcida desse ano está mesmo com Mad Max. Além das categorias que concorre com Star Wars, nossa querida Estrada da Fúria também está concorrendo aos prêmios de Melhor Fotografia, Melhor Maquiagem, Melhor Figurino, Melhor Direção de Arte, Melhor Diretor e Melhor Filme. A dobradinha Melhor Filme e Melhor Diretor não tá muito fácil, cheias de filmes com atuações espetaculares e histórias bem mais trabalhadas do que Mad Max, mas se fosse pra apostar eu apostaria em George Miller levando o prêmio de Melhor Diretor. Melhor Maquiagem e Melhor Figurino também estão entre as categorias que Mad Max tem mais chance. Também não assisti nenhum dos outros filmes que estão concorrendo nessas categorias, mas Mad Max tem a Charlize Theron com uma protese mecânica e com maquiagem de graxa explodindo coisa durante uma perseguição frenética no deserto, não preciso dizer mais nada.

Além dos filmes sempre tem algumas pessoas pra quem eu torço. Esse ano eu estou na torcida pra nosso compadre Leonardo DiCaprio finalmente ganhar um careca dourado. Depois de bater na trave um monte de vezes, o nosso amigo merece ganhar um Oscar pra chamar de seu. Mas minha maior torcida desse ano vai pra Silvester Stallone, que já ganhou o Globo de Ouro e está concorrendo ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pela sua atuação em Creed – Nascido Para Lutar, a melhor atuação da vida do Stallone. Vai ser difícil, mas ver Rocky Balboa de volta ao cinema pode mexer com o coração dos membros da Academia.

Na categoria de Filmes Sem Gente de Carne e Osso temos Divertida Mente concorrendo aos prêmios de Melhor Filme de Animação e Melhor Roteiro. Também concorrendo ao prêmio de Melhor Animação temos pela primeira vez um filme brasileiro, O Menino e O Mundo está lá na lista de indicados. Dificilmente ele vai levar a estatueta, mas só de estar lá já vale muito. E pra finalizar temos uma menção honrosa. Lady Gaga está concorrendo junto com Diane Warren ao prêmio de Melhor Canção Original. Não ouvi a música delas e nem a dos concorrentes, mas eu simpatizo com nossa comadre Gaga e sempre é melhor torcer pelo improvável. Afinal quem poderia imaginar que Lady Gaga concorreria ao Oscar algum dia.

Retrospectiva 2015

    2015 acaba amanhã e nada mais justo do que o último post do ano ser um ligeiro resumo do que aconteceu ao longo desses últimos trezentos e sessenta e poucos dias. O texto de hoje é um pouco mais sério do que de costume. Espero que você não se importe.

    2014 foi um ano muito cabuloso. Graças a isso todo mundo esperava de 2015 uma folguinha. Mas no lugar disso tivemos um ano que se esforçou pra superar o seu antecessor. 2015 foi cabuloso na  mesma proporção, mas ele conseguiu ser cabuloso de uma maneira muito diferente. Esse ano foi o ano do absurdo.

    De dólar batendo quatro e vinte até barragem de lama rompendo, passando por pedofilia ao vivo pra internet toda ver e policial batendo em menor de idade. Esse ano foi um ano de notícias que não davam pra acreditar. Cada olhada no jornal era um exercício de incredulidade. Um ano em que descobriram que uma mulher que fugiu por engano da Coréia do Norte, vazaram uma carta do nosso vice-presidente e bloquearam o Whatsapp é um ano digno de nota. E não citei esses últimos exemplos por serem mais importantes, mas por serem tão absurdos quanto as coisas sérias que rolaram nesse ano cão.

    Particularmente eu considero que 2015 foi um grande aprendizado. Normalmente é isso que a gente consegue aproveitar de tempo ruim. Esse ano muita coisa deu errado, muita mesmo. Apesar da quantidade grande de cagadas e arrependimentos acabei aprendendo uma ou duas coisas. Não necessariamente as coisas que eu de fato precisava aprender, mas foi o que deu pra fazer. Esse ano eu atingi picos de stress nunca antes vistos, tive alguns dos momentos mais divertidos e emocionantes da vida, ganhei um LEGO de presente, comprei uma estante e finalmente coloquei o Cachorros de Bikini no ar. Comecei a ver coisas que eu não via antes e olhar de forma diferente pra coisas que eu sempre enxerguei.

    2015 nos deixa meio quebrados. Foram quase doze meses apanhando desse calendário que demorou pra terminar. A mensagem que ele deixa pra 2016 é simples: lute. Se 2015 foi carrasco, 2016 não quer ficar atrás. Lute. Esse ano tudo vai jogar contra a gente. Lute. Não precisa levantar bandeira nem se alistar em nenhum exército, basta enfrentar e resistir. Lute. Foram o que os bons exemplos de 2015 me mostraram. Foi o que eu aprendi com Imperatriz Furiosa em Mad Max, Rey em Star Wars e com várias mulheres de carne e osso que levantaram suas vozes em 2015. 2016 está nos chamando pra briga e não temos como fugir. Lute, mas se é pra lutar, lute como uma menina. Elas entendem muito bem disso, bem mais do que você pode imaginar.

 

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