Não é um blog sobre cachorros e bikinis

Tag: Dragão

Contos de Segunda #82

    Erick caçava dragões. Desistiu de caçar depois de encontrar com um certo dragão vermelho, embaixo de uma certa árvore no topo de uma certa colina. Um dragão que, segundo diziam, era impossível de ser caçado. Tal afirmação não era uma mentira completa. Cada caçador que tentou por um fim à vida da fera foi convencido a mudar de profissão. Justamente por isso que o Sindicato dos Caçadores de Dragões ordenou que um grupo de caçadores pusesse um fim na vida daquele réptil tão perigoso. De alguma forma o dragão convenceu a todos que merecia, pelo menos, um julgamento justo. O julgamento aconteceria na sede do Sindicato. Era por isso que Erick estava lá.

    Todos da cidade estavam indo para a antiga arena. Muito tempo atrás, quando os primeiros caçadores desenvolveram as técnicas para combater os dragões, as feras eram aprisionadas na arena para serem utilizadas no treinamento. As pessoas entravam pelos portões na direção das arquibancadas, mas Erick fora convocado como uma testemunha, ele entraria por outro lugar.

    — Saudações, Erick — disse o homem que guardava a porta da área restrita da arena.

    — Saudações, Peter — respondeu o ex-caçador. — Semana agitada, hein?

    — Nem me fale, Erick. Desde o dia em que essa fera chegou que não temos sossego.

    — O julgamento começa quando?

    — Creio que já está para começar — respondeu Peter. — Já deram a ordem para retirar a fera do calabouço.

    Erick entrou na arena. As arquibancadas estavam lotadas de gente. Na arena um palanque foi erguido para as testemunhas, ao lado dele estava o dragão vermelho, deitado e aparentemente adormecido. No camarote estava o líder do Sindicato, Henry, sentados sobre o palanque estavam Charles, Robert, Harold e John, caçadores aposentados como ele.

    — Saudações, Erick — disse o dragão quando ele se aproximou.

    — Saudações, dragão. Vejo que se meteu em uma bela confusão desta vez.

    — Certamente, meu caro. Como bem sabes, os problemas não cansam de me procurar. Deve ser mal da espécie.

    — Seria melhor ter fugido, dragão.

    — Me achariam em qualquer lugar, Erick. Meu gosto por viver ao ar livre me impede de ficar escondido como os outros dragões da minha idade. Um tio meu passou o último século adormecido dentro de uma montanha, um total absurdo.

    Um martelo bateu sobre a bancada do camarote. Todos se calaram, Erick assumiu seu lugar. O julgamento estava para começar.

    — Senhoras e senhores. Cidadãos do reino. Eu, Henry, estou aqui para conduzir o solene julgamento desta fera que está diante de todos. Acusado de provocar a deserção de pelo menos cinco caçadores membros de nosso sindicato. Suspeitamos que foram aplicados meios nefastos para controlar a mente desses desertores e decidimos que a execução deste dragão é inevitável. Mesmo diante da morte iminente, ele pediu por um julgamento antes da execução… Dragão, estás pronto para responder às minhas perguntas?

    — Certamente — respondeu ele se levantando.

    — É verdade que todos os dragões possuem conhecimento de feitiçaria?

    — Sim. A capacidade para tal aparece a partir de algumas centenas de anos

    — É verdade que a forma de feitiçaria preferida pelos dragões é a que afeta a mente?

    — Por boa parte de nós sim, mas não é uma regra.

    — É uma forma preferida por ti, dragão?

    — Tenho preferência por transfiguração, piromancia e clarividência de forma geral.

    — Reconheces que um dragão de certa idade é muito mais astuto do que um ser humano?

    — Não se vive muito sem uma boa dose de astúcia.

    — Astúcia suficiente para manipular a mente de um ser humano?

    — Leva um certo tempo, mas é possível.

    — Então admites que, se essa fosse a sua vontade, poderia manipular um ser humano sem muita dificuldade?

    — Desconheço as reais dificuldades. Nunca pratiquei tal coisa.

    Henry parou um pouco. O dragão era astuto o suficiente para não cair em contradição… Talvez os caçadores não fossem tão astutos quanto ele.

    — Sou grato, dragão — disse ele. — Passo agora para as testemunhas… Cada um de vocês trabalhou por anos no extermínio dos dragões. Trouxeram paz e prosperidade para o reino. Em troca de que abandonaram uma vida tão cheia de honras? O que fizeram de suas vidas?

    — Me tornei um sapateiro — respondeu Charles.

    — Construí um moinho — respondeu Robert.

    — Me tornei criador de cavalos — respondeu John.

    — Me tornei um vendedor ambulante — respondeu Erick.

    — Me tornei fazendeiro, crio vacas e cabras — respondeu Harold.

    — Por qual motivo abandonaram o nobre ofício de caçar dragões?

    — É muito perigoso — respondeu Charles.

    — Tive muitos problemas com minha esposa por causa do trabalho – respondeu Robert.

    — Bafo de dragão me dá alergia — respondeu John.

— Não estava conseguindo cumprir as metas estabelecidas pelo sindicato — respondeu Erick.

    — Eu precisava de novos desafios — disse Harold.

    — Mas vocês só perceberam isso depois de conversar com o dragão vermelho, correto?

    Todos balançaram a cabeça concordando. Henry precisava agir rápido, nada estava saindo daquele interrogatório.

    — Se temos aqui um dragão clarividente, fica claro que ele usou seus poderes para não só descobrir se estava correndo o risco de ser atacado, mas também quem o atacaria e de que forma ele poderia quebrar a vontade do caçador. Nega isso também, dragão?

    — Sempre utilizei minhas habilidades para me defender de ataques, mas nunca espionei qualquer caçador. Quando se vive tanto quanto eu, não é necessário o uso de mágica para ver nos olhos de um homem que ele deseja uma vida diferente.

    — Finalmente temos uma confissão — disse Henry escancarando um sorriso. — Guardas, levem-no de volta para a masmorra. A execução será em alguns dias.

    — O quê? — Perguntou o dragão confuso. — Não, não pode!. Eu sou inocente.

    O dragão gritou durante todo o caminho até a masmorra. Mesmo tendo o poder para tal, ele não matou nenhum dos guardas, não cuspiu fogo ou tentou fugir. Mesmo condenado, o dragão vermelho fazia questão de se manter inocente até o fim.

Contos de Segunda #65 – Especial de 200 Posts

    — Boa noite, galera. Nós somos as 4Ladies e viemos pra arrebentar essa cerimônia — disse Vocal para uma platéia que, apesar de estar sentada nas cadeiras do teatro, estava muito animada. — Eu sou Vocal e aqui comigo eu tenho Guitarra, Baixo, Bateria e fazendo uma participação especial, dando um reforço com sua guitarra, nosso querido amigo Fábio — ela esperou o final dos aplausos para voltar a falar. — Estão prontos, pessoal? Então pode contar.

    Guitarra subiu o volume dos captadores e acionou dois pedais, Baixo ativou a distorção, Fábio estalou os dedos e Bateria ajustou a altura do microfone antes de começar a contar.

    — Um, dois e um,dois, três, quatro.

    As luzes explodiram no palco. A plateia explodiu nas cadeiras e o som das 4Ladies conseguia ser mais explosivo do que as duas coisas juntas.

    Foi assim que começou o show de abertura da cerimônia de entrega do Bikini de Ouro, o maior prêmio que um personagem de um conto de segunda pode receber. Todos os personagens estavam lá: Maurício pegou uma carona na máquina do tempo e veio direto do fim do mundo, Erick e seu amigo Dragão Vermelho pegaram um feitiço do tempo errado e chegaram dois anos antes do evento, mas estavam felizes por concorrerem em várias categorias. As Damas da Semana estavam totalmente apaixonadas por Elvis, o primeiro cachorro a estrelar um conto de segunda, e Ribeiro estava totalmente despreocupado com o trabalho, afinal amanhã estaria de folga. Moacir e Fernanda encontraram o Homem Camaleão e estavam conversando empolgados com o alienígena Radrax, enquanto Aderbal ainda tentava encontrar o assento com o seu nome escrito.

Coordenando todo esse evento estava Cristina. Atenta a todos os detalhes e desejando ardentemente a chegada do final do evento e ela pudesse considerar o trabalho bem feito.

— Cadê teu boy, Cristina? — Perguntou Luciana que por causa da amiga estava trabalhando nos bastidores.

— Despachei ele direto pra recepção dos personagens — respondeu a moça sem tirar os olhos do palco. Estavam entregando o prêmio de melhor vilão. — Temos alguns viajantes do tempo, um alienígena, um dragão, um cachorro que veio desacompanhado e um capo da máfia que a polícia não pode saber que está aqui. Jorge sabe cuidar desses pepinos. Também coloquei ele pra apresentar um prêmio de alguma categoria técnica.

— Horácio, né? Gostei do cara, não parece perigoso.

— Ele é legal, deu umas dicas ótimas de segurança — Cristina correu os olhos pela planilha que estava na prancheta. — Já já chega na categoria de coadjuvante. Volta lá pro teu lugar que a câmera tem que te dar um close quando anunciarem os indicados.

Quem levou o prêmio de melhor vilão foi Olho. Como ele não podia comparecer pessoalmente, por um motivo de falta de corpo, quem recebeu o prêmio em nome dele foi seu antagonista e zelador. Cosme não conseguiu segurar as lágrimas quando falou de como dividir um conto com Olho mudou a vida dele… E como está quase destruindo a humanidade do futuro.

— Cristina, a atriz famosona que ia apresentar o prêmio de melhor protagonista deu pra trás e o marido dela também — disse Marcelo que estava trabalhando de assistente de produção.

— Como é? — Questionou Cristina incrédula. — E agora?

— O diretor de TV recomendou que você fosse com alguém.

— Eu? Mas eu não estou com roupa de gala.

— O vestido da famosona tá no camarim… E por um acaso ela é praticamente do teu tamanho.

— Ai, meu Deus… Tá, tá certo. Agora eu não entro sozinha naquele palco. Arruma um zé qualquer pra entrar comigo.

Jorge tinha acabado de sair do palco depois de anunciar Carmim como vencedor da categoria Maior Conto. O detetive também ganhou a estatueta da categoria Melhor Minissérie. As Damas da Semana levaram na categoria Melhor Série Longa e Fernanda ganhou o prêmio de Melhor Série de Histórias Independentes. O próximo prêmio, de Personagem Revelação, seria apresentado por Aluísio. Devido à sua relação peculiar com a segunda-feira, não é difícil imaginar que ele foi considerado o melhor apresentador da noite. A vencedora do prêmio foi Anabela.

— Eu não esperava ganhar esse prêmio — disse ela emocionada. — Concorrer com Horácio e com a Dama da Segunda-feira foi uma honra e um privilégio. Agradeço a todos que me apoiaram, aos que votaram em mim e aos que me indicaram ao prêmio… Muito, muito obrigada.

Em seguida foi a vez da Dama da Lua apresentar o prêmio de Melhor Coadjuvante. Cristina já esperava do lado de fora do palco. A categoria de Melhor Protagonista seria a próxima.

— Pronto, Cristina, cheguei — disse Jorge olhando para o relógio.

— Chegou pra quê, Jorge?

— Marcelo falou que você precisava de “um zé qualquer”. Não sou bem um zé, mas sou o melhor tapa buracos disponível.

Cristina teria argumentado caso Luciana não estivesse descendo do palco com a estatueta na mão.

— Essa tua amiga passa o ano aparecendo às nossas custas e ainda ganha prêmio — desdenhou Jorge. — Só pode ser marmelada.

— Quieto, é a nossa vez de entrar.

Os dois colocaram os pés no palco e o teatro veio abaixo. Muitos elogiariam a produção do evento por ter escolhido dois personagens tão queridos para juntos apresentarem o melhor prêmio da noite.

— Hoje comemoramos a marca de duzentas publicações no Cachorros de Bikini — anunciou Jorge.

— Exatamente hoje, quando é publicado o conto de segunda de número sessenta e cinco, vamos premiar os melhores em diversas categorias e também o melhor de todos — disse Cristina tentando não gaguejar na frente de tanta gente.

— Os indicados são: Fernanda… Erick, o Caçador de Dragões… Horácio… 4Ladies e Cosme juntamente com seu antagonista Olho.

— E o prêmio de Melhor Protagonista… — Começou Jorge.

— … Vai para…– Completou Cristina

— Erick! — Anunciaram os dois juntos.

O caçador subiu radiante ao palco. Apertou a mão dos apresentadores, pegou a estatueta, olhou para o teatro lotado e disse:

— Alegro-me deveras, nobres personagens de segunda! Gostaria de fazer um discurso à altura da importância do prêmio… Mas no meu lugar discursará o meu amigo Dragão Vermelho.

O réptil subiu ao palco e começou a falar. Ele falou por tanto tempo que praticamente todo mundo desistiu ainda na metade. Os corajosos que ficaram garantem que ouvir aquele dragão mudou a vida deles.

Contos de Segunda #64

Erick caçava dragões. Depois de uma orientação profissional relativamente ineficiente, ele virou vendedor ambulante na fila do desemprego. O Caldo do Dragão ficou tão famoso que Erick tinha funcionários vendendo o ensopado em mais três pontos da cidade. Erick finalmente havia encontrado uma profissão menos mortal e os negócios estavam crescendo. Tudo parecia bem… Até um certo dia em que o passado bateu na porta do caçador.

Asas negras fizeram sombra sobre a cidade. Jatos de fogo lambiam os telhados das casas e uma cauda açoitava o alto das muralhas. Com uma frase a apresentação foi encerrada.

— Tragam-me Erick, o caçador — a poderosa voz do dragão podia ser ouvida em toda a cidade.

Ninguém precisou dizer a Erick o que ele precisava fazer. Mesmo longe da profissão, o escudo revestido de couro de dragão e a espada sempre estavam com ele. O elmo, a placa do peito e as manoplas da armadura estavam disfarçadas entre os ingredientes do caldo. O selo mágico dado pelo sindicato foi rompido. Mesmo um caçador aposentado tinha um juramento a cumprir. Seguindo o selo quebrado outros chegariam logo, mas ele precisava ganhar tempo. Precisava tirar o dragão da cidade.

Erick subiu na construção mais alta que encontrou. Não precisou nem se esforçar, o dragão chegou antes que ele pudesse pensar em uma forma de chamar atenção. Negro e cinza tingiam as escamas da fera. Um dos olhos fora arrancado. As inúmeras cicatrizes eram lembranças vivas das inúmeras batalhas travadas pela besta alada.

— Ah, caçador. Pensaste que teu novo disfarce te esconderia de mim?

— Jamais, nobre Cicatriz. Apenas acreditei que meus colegas seriam um pouco mais eficientes ao tratar contigo.

Um jato de fogo que teria largado a carne de Erick dos ossos foi segurado pelo escudo. Aproveitando a distração, Erick saiu do alcance do fogo pelo lado do olho cego do dragão e deu uma estocada entre os dedos da criatura. Saltou para o próximo telhado e depois para a rua na direção do portão principal.

— Foges de mim, caçador? — Debochou Cicatriz. — Das outras vezes te mostraste um combatente mais digno.

A serpente alada saiu no encalço de Erick por cima dos telhados. O escudo de Erick já estava nas costas para prevenir qualquer sopro de fogo que viesse por trás. O portão estava perto, logo ele atrairia o dragão para longe da cidade. O plano daria certo se o dragão não tivesse se colocado entre Erick e o portão.

— Não escaparás agora, caçador.

Espada de volta na bainha e escudo de volta no braço esquerdo. Erick não queria ferir o dragão, só precisava de uma abertura para passar. Correu para o lado cego da fera, forçando o maldito a se virar para enxergá-lo. Tudo para tirar a cauda da besta do portão. Correu com o escudo na frente. As chamas banharam a investida, mas o dragão não soprou chamas por muito tempo, ele precisava localizar o alvo que já estava quase passando por ele. Tentou acertar Erick com a garra das asas, mas com um salto e um rolamento o caçador se livrou do ataque. Quando Cicatriz se deu conta o caçador já tinha passado pelos portões. Em uma investida mal planejada ele se lançou contra o homem de armadura, mas não terminou o ataque. O corpo do dragão ficou preso no portão.

— Muito esperto, caçador. Mas muito te enganas se achas que estou derrotado.

— Infelizmente, Cicatriz, não há escapatória para ti hoje. Os caçadores logo chegarão para te dar o fim que mereces. Eu poderia te oferecer uma refeição enquanto esperas, mas meu caldeirão de ensopado ficou do lado de dentro dos muros.

Dragão Agora é Dinossauro

Na última terça-feira estava eu passeando alegremente e praticando um hábito antigo que eu nunca deixo morrer, o hábito de olhar lojas de brinquedo. Durante meu passeio me deparei com algo que chamou muito a minha atenção: um boneco de um réptil vermelho com asas. Busquei no meu relativamente vasto acervo mental de criaturas fantásticas e não consegui identificar nenhuma que batesse com o tal boneco. Foi então que resolvi olhar o verso da caixa e averiguar se lá havia alguma identificação do bicho.

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    Caso você não tenha reparado, na coleção com o sugestivo nome de Megassauro temos quatro bonecos: um tiranossauro, um pteranodonte, um espinossauro e um dragão. Sim, isso mesmo, um DRAGÃO.  D-R-A-G-Ã-O. Na hora eu não sabia se achava graça ou ficava indignado, só consegui pensar “e dragão é dinossauro agora?”.

    Passado o susto inicial, não consegui de parar de pensar em como a indústria de brinquedos não está nem aí para a educação das crianças. “Ai, Filipe, que frescura da bexiga, só por causa de uma bosta de um dinossauro?”, sim, é SÓ por causa de uma bosta de um dinossauro. Raciocine comigo, caro leitor. Uma criança compra um brinquedo, se ela compra um dinossauro isso mostra que a criança já tem alguma afinidade com ciências, já que ela escolheu um brinquedo mais “pé no chão”, mas ela comprou um dragão da coleção Megassauro, um brinquedo sem o menor compromisso de ajudar na formação do pequeno cientista, que não só vai aprender errado com o brinquedo, mas também associar sem querer os bichos extintos com seres fantasiosos. Promovendo uma mistureba generalizada na cabeça do infante que não terá mais distinção entre o que é (ou foi) real e o que é imaginário desde sua concepção.

    Já não bastava o fim da Tv Globinho, a indústria de brinquedos acha pouco e faz sua parte pra acabar com a infância brasileira. E eu ainda não falei a pior parte. Não basta dizer que dragão é dinossauro, eles ainda tem a pachorra de colocar um wyvern e chamar de dragão.

    Aprendam, pessoas das industrias de brinquedos, se tem duas patas traseiras e as asas estão no lugar dos braços não é dragão, é wyvern ou dragonete, nunca dragão. E nem me venham dizer que Smaug tem asa no lugar dos braços e é dragão. Tinha tanta coisa errada naquele filme que é de se esperar que até o dragão esteja errado.

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