Lembro muito bem de ter ouvido essa frase várias vezes ao longo do segundo ano do meu ensino médio. “Estamos todos atrasados”, era a primeira coisa que o meu professor de português falava ao entrar na sala. Não me recordo se em algum momento realmente estivemos atrasados, também tenho a impressão de que o professor sempre entrava um minutinho depois do horário da aula começar, mas uma coisa que eu sei é que a sensação de estar atrasado volta e meia está presente na minha vida.
Talvez essa afirmação pareça estranha, mas não é incomum sentir que comecei algo depois do tempo, principalmente quando existe um prazo muito curto a ser cumprido. Também tem aqueles momentos em que, depois de pensar que estava tudo adiantado, você cai na real e nota que o atraso já está do tamanho de um mamute. Normalmente acontece quando trocamos o dia da entrega de algum trabalho, esquecemos um compromisso ou estamos com o relógio atrasado. Vale lembrar também que muitas vezes operamos no limite do cronograma, onde qualquer imprevisto nos faz atrasar. Esse ultimo tipo é o que normalmente nos faz arrancar os cabelos, que faz um calafrio subir quando olhamos pro relógio e que testa ao máximo os músculos cardíacos.
Independente do motivo se sentir atrasado, estando ou não atrasado, é uma sensação extremamente incômoda, tanto que o medo de se atrasar acaba gerando boa parte do nosso stress diário. Pensando nisso acabo me lembrando de algumas pessoas que parecem imunes aos efeitos nefastos do atraso. Como não consigo ser assim acabei escrevendo esse texto, não só para compartilhar um pouco da minha aflição, mas também pra aproveitar que o texto dessa sexta está atrasado e usar isso como fonte de inspiração.
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